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TikTok: o que se sabe sobre empresa alvo de Trump e seu enigmático dono

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empresa ByteDance

É provável que você não reconheça esse nome, mas a empresa ByteDance é hoje um dos mais valiosos “unicórnios” — como são chamadas as start-ups de tecnologia avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.

A empresa já investiu em mais de 20 startups desde 2012, como a Lark (de mensagens) e a Flipchat (para conversas por vídeo). Mas nenhuma delas é mais popular do que o carro-chefe da ByteDance: o aplicativo de vídeos TikTok. Por outro lado, a empresa está envolvida em uma crescente tensão entre os Estados Unidos e a China.

Neste sábado, o presidente Donald Trump anunciou que “está proibindo” o TikTok no país.

As autoridades de segurança americanas expressaram preocupação de que o aplicativo possa ser usado para coletar dados pessoais de usuários, e que as informações sejam enviadas ao governo chinês. O TikTok nega as acusações.

Após a sinalização de Trump, a gerente-geral da plataforma nos Estados Unidos, Vanessa Pappas, afirmou que o aplicativo está “aqui (nos EUA) por um longo prazo”. Em vídeo, ela disse que sua equipe está construindo “o mais seguro dos aplicativos.”

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TikTok está no centro de uma disputa entre China e EUA
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  • O que está por trás da escalada de tensões da China com potências globais

O TikTok é o aplicativo da moda, tendo sido o mais baixado no primeiro trimestre de 2020. Estima-se que ele tenha 800 milhões de usuários ativos por mês no mundo — 80 milhões deles apenas nos EUA. O app permite que usuários publiquem e compartilhem vídeos curtos, geralmente cômicos.

Recentemente, o aplicativo virou alvo de autoridades americanas. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse em uma entrevista que os dados de usuários do TikTok vão parar “nas mãos do Partido Comunista Chinês”.

Mas o que sabemos sobre a empresa que está por trás do TikTok?

Cifras astronômicas

O valor de mercado estimado da ByteDance é US$ 78 bilhões, segundo um relatório da Reuters do final do ano passado.

Os investidores dizem que a ByteDance está perto de gerar US$ 30 bilhões de receitas em 2020 — uma cifra astronômica se comparada com os cerca de US$ 20 bilhões de 2019.

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Zhang Yiming, nesta foto de 2018, é fundador e diretor executivo do ByteDance

Zhang Yiming nasceu em Longyan, no sudeste da China, em 1983.

Antes de criar sua própria empresa, ele trabalhou na Microsoft e no Kuxun, um dos principais sites de busca de viagens e transporte da China, que depois foi adquirido pelo TripAdvisor.

O engenheiro de software começou a trajetória de sua empresa com um agregador de notícias baseado em inteligência artificial que teve muito sucesso na China. Ele mesmo definiu seu agregador como “um negócio de buscas” ou uma “rede social”, mais do que apenas uma empresa de notícias, em entrevista para a Bloomberg em 2017.

Em 2019, Zhang foi nomeado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Segundo a revista Forbes, o empresário é a nona pessoa mais rica da China.

Além do TikTok

A ByteDance é muito mais do que só o TikTok. Em 2016, a empresa se converteu no maior acionista do serviço de notícias indianos BaBe.

A sede da ByteDance fica em Pequim

Entre outros aplicativos bem-sucedidos estão o Xigua Video (uma plataforma de vídeos semanais de cinco minutos de duração), o Lark (um serviço de comunicação online) e o Vigo Video (também de vídeos curtos, muito popular entre adolescentes chineses).

A empresa também fabrica celulares e trabalha desde 2019 no lançamento do seu próprio smartphone.

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Nos últimos meses, as acusações de espionagem abalaram a empresa.

O TikTok coleta uma enorme quantidade de dados sobre seus usuários, incluindo quais vídeos são assistidos e comentados, dados de localização, modelo de telefone e sistema operacional usado e até o ritmo de digitação dos usuários ao usar as teclas.

O TikTok insiste que os dados são coletados e armazenados fora da China.

“A insinuação de que estamos de alguma forma sob o controle do governo chinês é completa e totalmente falsa”, disse Theo Bertram, chefe de políticas públicas da TikTok para a Europa, Oriente Médio e África, à BBC.

Os argumentos contra o TikTok parecem se basear na possibilidade teórica de o governo chinês obrigar a ByteDance, de acordo com as leis locais, a entregar dados sobre usuários estrangeiros.

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A Lei de Segurança Nacional de 2017 na China obriga qualquer organização ou cidadão a “apoiar, ajudar e cooperar com o trabalho de inteligência do Estado”. Bertram disse que, se o TikTok fosse abordado pelo governo chinês, “definitivamente recusaríamos qualquer solicitação de dados”.

Enquanto a empresa navega esta crise, há rumores de que investidores americanos podem vir a comprar o TikTok.

Seu lucro líquido pode duplicar neste ano, atingindo US$ 7 bilhões, segundo cifras publicadas pela revista The Economist.

A empresa nasceu em 2012, com sede em Pequim.

Depois de investir em vários aplicativos, a ByteDance desenvolveu o precursor do TikTok, chamado Douyin, que foi lançado localmente em 2016. A ideia era criar vídeos musicais de 15 segundos para serem compartilhados na internet.

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Em 2017, o Douyin chegou ao mercado internacional rebatizado de TikTok. Isso foi no mesmo ano em que a ByteDance comprou o Musical.ly, herdando mais de 20 milhões de usuários ativos, que ajudaram na expansão do TikTok.

Discreto

Diferente de tantos outros magnatas chineses como Jack Ma (fundador do Alibaba) ou Pony Ma (criador do Tencent), o homem por trás do ByteDance não gosta muito de aparecer nos meios de comunicação.

Ele praticamente não aparece nos meios ocidentais.

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WhatsApp poderá ser usado em até quatro aparelhos ao mesmo tempo

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Há alguns meses, rumores indicam que o WhatsApp está trabalhando para lançar um recurso muito esperado: usar a mesma conta em diferentes dispositivos ao mesmo tempo. Agora, o site WABetaInfo indica que a novidade deve sincronizar o histórico entre Android e iPhone.

A novidade eliminaria a necessidade dos aparelhos estarem conectados numa mesma rede Wi-Fi para transmitir os dados do app entre si. Além disso, no formato atual, o smartphone só pode transmitir o conteúdo do WhatsApp para um dispositivo por vez.

Com a futura atualização, a ideia é criar um processo único de sincronização que enviará as mensagens trocadas para até quatro dispositivos em que o WhatsApp esteja logado.

Além disso, a ferramenta também pode chegar junto com um aplicativo do WhatsApp para iPad. A novidade permitiria usar o mensageiro no iPhone e no tablet simultaneamente. Atualmente, é possível usar o WhatsApp no iPad por meio de apps de terceiros que usam o mesmo sistema de retransmissão da versão web do serviço.

Todos os recursos citados ainda estão em desenvolvimento e não possuem data prevista de lançamento para o público final.

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WhatsApp já é a segunda maior rede social do mundo

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Quase uma em cada quatro pessoas tem conta no WhatsApp. A aplicação de mensagens já conta com mais de dois mil milhões de utilizadores em todo o mundo (sendo que a população mundial é de 7,7 mil milhões de pessoas) o que faz dela a segunda maior rede social, abaixo do líder destacado Facebook, com 2,5 mil milhões.

“Conversas pessoas que antigamente só era possível ter pessoalmente, agora podem fazer-se sem que a distância importe, através de chats e videochamadas; há demasiados momentos especiais que acontecem no WhatsApp e nós sentimo-nos agradecidos por poder alcançar esta meta”, afirma a empresa, citada pelo espanhol CincoDías.

No caso do Facebook, a empresa considera os utilizadores contabilizados como sendo “ativos”. Mas no caso do WhatsApp esta designação não foi empregada, pelo que não se sabe qual o grau de envolvimento com a aplicação destes dois mil milhões agora anunciados. No mesmo comunicado, o WhatsApp destaca a questão da segurança como uma das suas maiores preocupações. “As mensagens apenas estão guardadas no telemóvel e nada pode ler as suas mensagens e escutar as suas chamadas, nem nós próprios. As suas conversas privadas ficam apenas entre si e os destinatários.”

A aplicação foi fundada em 2009 e, cinco anos depois, foi comprada pelo Facebook.

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Governo chinês denuncia “repressão” após medidas dos EUA contra apps chinesas

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O Governo chinês acusou de “manipulação política e repressão” as autoridades dos Estados Unidos, após medidas restritivas adotadas por Washington contra as aplicações chinesas TikTok e WeChat.

O governo chinês acusou esta sexta-feira de “manipulação política e repressão” as autoridades dos Estados Unidos, após medidas restritivas adotadas por Washington contra as aplicações chinesas TikTok e WeChat.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quinta-feira a proibição de qualquer transação com estas duas aplicações, que pertencem a empresas chinesas, dentro de 45 dias.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wengbin, acusou Washington de “colocar os seus interesses egoístas acima dos princípios do mercado e das regras internacionais”.

Os Estados Unidos “exercem uma manipulação política arbitrária e repressão, que só podem levar ao seu próprio declínio moral e danificar a sua imagem”, acrescentou.

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O Presidente norte-americano falou de uma “emergência nacional” em relação à aplicação de vídeos TikTok, muito popular entre os adolescentes, mas que Trump acusa de estar ao serviço da espionagem chinesa.

O Presidente assinou um decreto semelhante contra a plataforma WeChat, que pertence ao gigante chinês Tencent. Na Bolsa de Valores de Hong Kong, as ações da Tencent afundaram mais de 6% após o anúncio.

Washington tem adotado uma política de rivalidade em relação à China em praticamente todas as frentes: comércio, competição tecnológica, a pandemia do novo coronavírus, direitos humanos ou a soberania do Mar do Sul da China.

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